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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008



TONHÃO
BEATLEMANÍACO
Esse é um espaço permanente para qualquer beatlemaníaco comentar livremente
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Tonhão Von Braunn escreveu, correspondendo-se com uma grande beatlemaníaca, de idas e vindas a Liverpool, visitas ao Cavern Club e amizade com os maiores fãs do Rio:

''Esqueci de comentar sobre o Best. Nossa! Você chegou até alguém bem alto na hierarquia. Acho que o rapaz está condenado a ser um quase-beatle. Existem quatro ex-beatles mas somente um quase-beatle. Não deixa de ser uma honraria singular. Mas isso jamais o consolou. Consta que ele tentou suicidar-se ainda nos anos sessenta. E mais de uma vez. Talvez ele até merecesse entrar para o Guiness como 'o cara mais azarado da História'.

Mas menina, você deve ser uma das maiores fãs do Brasil! Ainda não acredito que você exista e que viveu tudo o que viveu em função dos nossos Fabfour. Incrível! Já estou honradíssimo de ter conhecido você: amiga da L. Bravo e fotografada com o P. Best! Demais! Ah, sim! Eu fiz vários poemas para os Beatles, que estão em algum arquivo "POEMA.DOC" ( tenho alguns ). Vou dar uma busca. Por hora, deixo aí abaixo o texto sobre a banda que enviei ao Joaquim Ferreira dos Santos, cronista de O Globo. Ele desancou o John e disse que o Paul era o grande dos quatro. Contestei veementemente. Mas polidamente. Afinal, para mim, nesse eterno embate John X Paul o empate é absolutamente milimétrico. Dê uma olhadinha. Beijo

Tonhão"
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Prezado Joaquim

Antes de mais nada, o rapapé protocolar ( porém sincero ) : sou seu leitor assíduo. Seu e de outros colunistas de O GLOBO. Adoro crônicas de jornal desde adolescente e aprecio muito o seu estilo rascante, agressivo.E mais um detalhe que você juraria ser uma lorota deslavada: é a segunda vez na minha vida que escrevo para O GLOBO. E olha que, como já disse, leio esse diário desde onze, doze anos, quando então o meu cronista favorito - óbvio ululante - era o Nelson Rodrigues. Isso nos anos sessenta. Portanto, este cibermissivista é um feliz cinqüentão.

Mas a essa altura você já adivinhou por que raios esse cara tá me escrevendo e dizendo que não costuma escrever p'ra ninguém. Você acertou na mosca: sou um beatlemaníaco de carteirinha, embora seja da geração do progressivo. Acontece que a SAB - Síndrome Aguda da Beatlemania - me acometeu na infância. E você continua acertando: não concordo com as opiniões (magnificamente bem) emitidas na sua crônica "John e Paul". Devo esclarecer também que o meu caso de amor com os Beatles jamais se deveu aos carisma dos quatro rapazes da lúgubre e enfumaçada Liverpool; nem aos seus cabelos compridinhos à moda pagem medieval; nem por representarem (pouca) rebeldia etc. Nananinanão. Não no início de minha paixão adolescente quando eu e os meus quatro rapazes éramos tão felizes (embora heterossexual convicto, admito essa única e eterna paixão homossexual em minha vida).

No início, portanto, foi tudo estritamente musical. Eu estava lá pelos meus dez anos e passava em frente a um rádio de cabeceira no quarto de minha mãe. Era 62 ou 63. Até então adorava marchinhas de carnaval e decorava todas, além de algumas coisas do pop internacional que ainda ecoavam dos anos cinqüenta. Pois bem, o momento mágico, único, marcante, sagrado aconteceu: eu ouvi passagens de I Want to Hold Your Hand. Fiquei paralizado. De onde vinha aquele som? Do Planeta Terra não podia ser. Era diferente de tudo: a tessitura, o arranjo, os vocais, as palmas os três - TRÊS - acordes da guitarra de George. O que Beethoven não teria feito com aquelas três notas belíssimas? Talvez a Décima. Que coisa mais bonita, pulsante, energética! Dava vontade de cantar, dançar, pular, gritar e ouvir até não poder mais. E eu nem sabia quem eram os caras, se era um, se eram dois ou quatro, se eram jovens, brancos, negros, japoneses ou alemães. Eu não sabia nada sobre os criadores daqueles sons incríveis.

Mas rapaz, nem te conto. Naquele primeiro dia encantado sentei-me no chão, bem abaixo do tal rádio, e rezava: "tem que tocar outra vez", "tem que tocar outra vez". E tocava. E toca muito. Rádio Tamoio. Música azul, vermelha, ciclâmen, sei lá. Lembra-se? E assim foi. Dos Beatles, durante quase um ano, eu só conheci as canções. Nada de rostos cabeludos na parada, sem nomes, sem a mínima noção da dimensão do fenômeno todo que rolava lá fora. Nada, nada. Inclusive, nos primeiros dias após ter contraído a síndrome, eu não conseguia entender o locutor dizendo "The Beatles". Soava como "débitos" com a sílaba tônica alterada. E veio She Loves You, Love Me Do (no Brasil, a primeira canção gravada do grupo - Love Me Do - não foi a primeira a estourar). E veio todo o resto. Loucura.
Mas você sabe que mãe é mãe. E a minha logo notou que eu estava doente. Ela ameaçava: "se você não se aprontar em dois minutos não vai à praia". E a praia era o que havia de mais sagrada p'ra mim. ERA. Doravante os Beatles em primeiro, a praia em segundo. Dias depois do contágio, a minha mãe ouvia perplexa eu dizer, grudado ao rádio, que não queria ir à praia e que ia ficar em casa ouvindo música. Mas ela, com aquela intuição que só as mães têm, sacou que a minha doença era benigna, inofensiva e deixou p'ra lá essa minha esquisitice.
Veja bem, então, Joaquim: foi I Want To Hold Your Hand que desencadeou em mim a febre beatle. Era uma canção do John. No mesmo nível de She Loves You, do Paul, por exemplo, parar citar duas maravilhas da mesma época. E por que eu fiz toda essa introdução falando do meu primeiro choque com os Beatles? Para que você soubesse de cara que não se trata de um tarado pelas mistificação das cabelereiras-terninhos-sem-gola-rebeldia e sim de um tarado pela (caixa alta, por favor!) MÚSICA DOS BEATLES. Um cara que se apaixonou pela música dos Beatles muito antes de conhecer, compreender e render-se à Beatlemania. Muito antes de visualizar aqueles quatro rostos tão amados.

Por tudo isso, o meu beatle favorito sempre foi LENNON-MCARTNEY. Esse é o cara. As belas e rascantes canções do John alternando-se no vinil com as belas e doces canções do Paul. Dois gênios. Eu ficaria aqui citando dezenas de obras primas do John e dezenas de obras primas do Paul em cada um dos quinze discos do quarteto. E essa mensagem ficaria interminável. Mas veja bem: se o rascante predominava em John e o doce em Paul, isto não quer dizer que não ocorressem admiráveis inversões. Basta atentar para as dulcíssimas "Norwegian Wood" e "You've Got To Hide your Love Away", do John. Ou as ácidas "Oh! Darling" e Helter Skelter (que também tem letra maluca, quem diria), do Paul. E já que você citou o piano genial em "Maybe I'm Amazed", do Paul (e é genial mesmo), que tal lembrar dos geniais (e doces!) pianos de "Imagine", "Gelous Guy" e "Oh, My Love"?

Não por favor, Joaquim. Eu não posso crer que você seja apenas um desprezível NASAB (Não Afetado pela Síndrome Aguda da Beatlemania), ou um reles AMB (Apreciador Moderado dos Beatles). Lembre-se, por exemplo, de um fenômeno raro e muito discutido nos mais prestigiosos foros da beatlemania mundo afora: as parcerias autênticas. O que são essas "parcerias autênticas"? São aquelas raras composições de fato feitas a quatro mãos pelos meus adorados John e Paul e para as quais o rótulo Lennon-Macartney não é só arranjo contratual do brilhante Brian Epstein. Exemplos: "A Hard Day's Night", "A Day In The Life", "Lucy In The Sky With Diamonds". Repare quão magnífica é a participação de cada um nessas obras-primas. Em "A Hard Day's Night" John deu o pontapé inicial (na maioria das parcerias autênticas ele dava o mote e o Paul entrava com algo sempre genial) e Paul colocou aquela segunda parte belíssima. Em "A Day In The Life", John saca uma colagem de um dia enfadonhamente banal, noticiado na primeira página de um jornal, e esculpe versos brilhantes em uma melodia de dolente e rara beleza. E Paul acrescenta o tema central, aquele delicioso "Woke up fell out of bed". Ou seja, o Paul entrou na viagem temática e melódica do John e inseriu um personagem anônimo acordando e se preparando apressado para sair.

A propósito, "A Day in The Life" era o tema mais utilizado para as discussões nos bares, onde todos nós costumamos decidir os destinos da Humanidade e eu, particularmente, da Beatlemania. Quando eu ouvia um irado esquerdinha dizer que o tema central era ridículo ou desnecessário eu fazia sempre veemente defesa da contribuição do Paul àquela obra-prima. Acho que o Paul, em "A Day In The Life" definiu os contornos de algo que bailava fragmentário na cabeça do John. E quase sempre era assim nas parcerias autênticas: John lançava algo genial e Paul entrava com um acabamento ou um complemento igualmente genial. Em "Lucy In The Sky With Diamonds" esta parceria atinge a perfeição química. John, como de hábito, começa algo brilhante mas rarefeito - "Picture yourself on a boat on a river" e Paul complementou definindo o sentido daquela dolente e belíssima melodia de John através de um genial refrão precedido das três pancadas da batera do Ringo: tan-tan-tan "Lucy inThe Sky With Diamonds..." E - quem diria - quem deu uma de "homem ovo" nesse refrão foi o Paul com esses versos enigmáticos que sugeriam o anagrama de LSD. Depois o próprio Paul encarregou-se de desmistificar o tal refrão dizendo que viu o desenho infantil de uma sobrinha e disse que era ela no céu com diamantes. Só deploro a atitude desmistificadora do Paul. Que deixasse a fanzaria em paz crendo no tal anagrama lisérgico. São essas crenças que fazem da Beatlemania uma verdadeira seita. Maior barato!

Note ainda, Joaquim, que em "Lucy in The Sky With Diamonds" Paul teve um belo "momento-John" de piração. Do mesmo modo que John teve inúmeros e belos "momentos-Paul" de lirismo e simplicidade. Não dá para rotular. Qual o sentido, por exemplo, dos versos da belíssima e tipicamente "Pauliana" "You Never Give Me Your Money"? Qual o sentido dos versos da também Pauliana "She came In Through The Bathroom Window", outra obra-prima? Tava todo mundo pirado, meu irmão! O Paul apertava direto. Foi até preso, lembra-se?

Por outro lado, entenda que grandes artistas costumam abraçar grandes causas, além de suas artes. Picasso, Buñel, Castro Alves foram assim. Carregavam na alma a compulsão de melhorar o mundo através do prestígio que adquiriram em seus ofícios. Por favor, Joaquim, não veja o fenômeno como algo reprovável. Jorge Amado, na biografia que escreveu de Castro Alves, disse exatamente isso: que não há grande artista sem grande causa. Castro Alves abraçou a causa abolicionista e a a causa republicana. E isso fê-lo menor como poeta? John também não ficou menor como artista em face de sua militância. Uma militância que, a bem da verdade, era confusa e desorientada, como confuso e desorientado é o seu album ultrapolitizado e ideologizado "Some Time in New York City", lançado no auge da militância doidivanas, em parceria com a chata da Yoko.

Por fim, meu ultimato: exijo a sua adesão imediata ao movimento unificador da beatlemania, que idolatra a entidade superior chamada Lennon-McCartney; exijo que você deponha imediatamente as armas do segregacionismo e pare de combater ao lado dos fanáticos do "Paulismo", assim como sempre exijo a deposição de armas dos "Johnistas" ensandecidos. Vamos dar uma basta a essa guerra de secessão. Abaixo os separatistas! Viva a união do Mundo Beatle!

E assim foi e assim será até a consumação dos séculos. Lennon e McCartney serão sempre dois gênios fifty-fifty. Convença-se, Joaquim. Traga a fita métrica se quiser. O empate é assombrosamente milimétrico.

Venha, portanto, para a conciliação, para a convergência, para a redenção: Lennon-McCartney é o cara. Ah! E não esqueçamos nunca da simpatia do Ringo, suas duas canções enquanto Beatle, seu nariz monumental; e daquela pequena dúzia de obras-primas do George Harrison; e dos incríveis arranjos do George Martin.

Saudações beatlemaníacas.
Seu admirador e leitor assíduo

Tonhão Von Braunn

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Tonhão Poeta



Um pouco do lirismo de Tonhão  
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PAIXÃO




Paixão vem assim,
Sem aviso
De começo ou de fim
Sem preparação,
Sem sequer previsão.
Paixão é meteorologia alucinada
Só prevê tempestade, enxurrada
Que carrega para longe a razão
Basta um olhar nos olhos
Basta um par de horas,
Não mais
Para que se perceba
Que não se controla mais nada
Paixão é descobrir as paixões
Um do outro
Com a mesma paixão
A prenunciar
A paixão que virá
Paixão é a fuga da razão
É a instauração do mais belo,
Primitivo, instinto animal
É revogação da razão
Por tempo indeterminado
E a instauração do caos
São duas criaturas drogadas
É a picada de Cupido
Certeira na veia
Duas criaturas que se olham e se molham
Se mordem, maltratam e ferem
Se acariciam e se querem.
Paixão é o apagar do universo
E dois corpos solitários
Vagando entrelaçados
À deriva
No nada


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UTÓPICA




És bela
És a tela
Que pintei de ti


És a rosa
A mais formosa
Que plantei e colhi


És a fera
A pantera

Que domei e prendi


És o poema
És o tema
Que sempre escrevi


És a canção
A oração
Primeira que aprendi


Mas recusaste ser escrava
De quanto eu te imaginava
E decidiste nunca existir


1969


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UMA CERTA MONTANHA


Aquela montanha sisuda,
Pontiaguda,
Não gosta de nós,
Agnósticos,
Nem de ateus.
Com seu cume em forma de seta,
Estica-se toda para o céu
E me aponta Deus


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VIDA


A vida é um não,
Impressentida prisão,
Que amamos entanto.


Vida indecifrada
Cessação do nada,
Tão breve acalanto


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VELHICE


As lembranças inda vívidas,
Tantas chances mal vividas
E as verdades rígidas,
E as verdades corrigidas
Que caminhada de dívidas,
Queria dúzias de vidas...


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NADA




Não adianta iIudir-me
Com tanta vida
Um dia vou diluir-me
No nada


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POEMA ABRUPTO



Um poema abrupto
Feito assim de súbito
De repente


Sem nenhum sentido
Claro ou escondido
Nem subjacente


Apenas um poema
Sem objeto, sem tema
Esquisito


Não traz filosofia
Nenhuma ironia
Sequer é bonito


Não maldiz ditaduras
Não lamenta as agruras
De nenhum coitado

Enfim um poema tolo
E que ninguém vá supô-lo
Algum sutil brado



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NÃO, PESSOA


O poeta é um vaidoso
Que a dor tanto proclama,
Porque persegue o gozo
Que sempre traz a fama.


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PRISIONEIRO


A sensação de prisioneiro
Nas praias, nos trigais,
Os horizontes enormes
A sensação de prisioneiro
No pico dos montes

Nos vales, planaltos
No apótema do Oceano Pacífico
A sensação de prisioneiro

Talvez, quem sabe,
Revertendo o tempo
Refluindo ao ventre
Ao pequenino ventre


E ali bem encolhido
E ali aconchegado
Eu pressinto não teria
A sensação de prisioneiro


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PARATY


Parati é cidade mineira
Traidora
Que decidiu desertar


Fartou-se de tanta ladeira
A sedutora
E foi esticar-se à beira-mar




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Tonhão Capricorniano

O texto aí abaixo impressiona pela minúcia da análise. Contém especificidades tão exatas, tão reveladoras que deixam qualquer infeliz agnóstico, como eu, atordoado. Parabéns à autora. Ela tem, de fato, um dom. Um dom, para mim, inexplicável.





O SOL EM CAPRICÓRNIO




Por Vanessa Tuleski




Principal Característica: a persistência
Qualidade: disciplina
Defeito: rigidez




"A ti, Capricórnio, quero o suor da tua fronte, para que possas ensinar aos homens o trabalho. Não é fácil tua tarefa, pois sentirás todo o labor dos homens sobre teus ombros; mas pelo jugo de tua carga, te concedo o Dom da Responsabilidade. "E Capricórnio voltou ao seu lugar'' (Original de Martin Schulman – Karmic Astrology: The Moon’s Nodes and Reincarnation, 1977).


Capricórnio é o signo da cabra montanhesa. Esse símbolo reflete a persistência e a paciência desse signo em atingir seus objetivos.


O capricorniano tem uma mãe forte e competente. Muitas vezes, o pai do capricorniano é uma figura rígida ou distante, também havendo casos em que fica 'ofuscado' pela personalidade da mãe, simbolizando apenas um poder formal. Apesar disso, ele exige respeito, é uma 'referência', mesmo que a mãe possa ser a verdadeira organizadora da casa.


Nesse sentido, a família do capricorniano é extremamente convencional. Ele também percebe a existência de regras e normas. Assim sendo, desde cedo o capricorniano é muito realista. Mesmo que não haja uma cobrança direta, ele é disciplinado e pressente que só conquistará o respeito se assimilar as regras da casa. Muitos capricornianos, inclusive, são bons alunos. Menos ou mais esforçados, eles sempre levam a sério os seus exames, provas e notas. Um estudante capricorniano que tire notas baixas de alguma maneira se sente 'devendo algo', mesmo que não conte isso para ninguém.


O capricorniano, desde cedo, tem necessidade de se destacar (Sol) pelo seu esforço e competência (Capricórnio).O pequeno capricorniano admira a forma como a mãe tem tudo sob controle. Mesmo que a mãe do capricorniano não trabalhe fora, ela é uma pessoa ativa e ocupada. Mais tarde, o capricorniano desejará seguir o seu exemplo. E ele respeita a autoridade porque deseja ser um dia a autoridade. Sempre se diz que capricornianos são velhos quando moços e jovens quando idosos. É que quando jovens capricornianos têm muitas metas a cumprir. Eles não relaxam enquanto não cumprirem essas metas, daí o ar de seriedade. Eles não levam a ambição apenas como um 'sonho', eles realmente querem realizar suas ambições, é este o 'teste' deles. E se sentem pressionados enquanto isso não acontecer.


Para o capricorniano, o valor de uma pessoa está naquilo que ela é capaz de fazer, e não no que ela é capaz de sonhar. Para o capricorniano, 'desejar algo' sem trabalhar para isso é o mesmo que olhar para o chão e mandar que nasçam árvores frutíferas de lá. Desde cedo o capricorniano tem uma percepção muito apurada de que tudo o que é bom ou valioso tem um custo, o custo do trabalho.


Diz-se que o capricorniano é rígido demais. Isso vem do fato de logo encarar a vida com seriedade. Mesmo o mais descontraído dos capricornianos se cobra muito. Ele tem um alto padrão de qualidade. Sua família sempre o viu, também, como alguém capaz de muitas realizações, e ele deseja cumprir essa 'profecia'.


E a fama de ser conservador? Bem, um capricorniano cresce em uma família 'estruturada', não importa se as pessoas gostem uma das outras ou apenas cumpram um papel, este último acontecendo com freqüência na família do capricorniano, ou se há um afeto genuíno. Ele tem necessidade dessa estrutura, mesmo que possa desmentir isso. Ele quer 'conhecer as regras do jogo' para um dia saber jogar e ganhar. Capricórnio é um signo preparado para o mundo. Os pais do capricorniano esperam muito dele e todos eles são estimulados para serem bons em algum coisa.

Desde pequeno, o capricorniano acha normal assumir responsabilidades. Algumas vezes, ele tem uma maior sobrecarga do que as outras crianças, não tanto em termos de tarefas como em termos psicológicos. Apesar disso, o capricorniano aprende a gostar dessa confiança. Ela lhe dá algo a mais do que as outras crianças não têm.

Como ele é exigente consigo mesmo, o é também com os outros. Ele pode ser impiedoso com um subordinado do tipo 'corpo mole' ou se achar que a pessoa não está se esforçando o suficiente.
 No corpo humano, Capricórnio rege os joelhos. Se o capricorniano ficar muito rígido e orgulhoso, é comum ter problemas nos joelhos e nas outras articulações. Observe que a simbologia das articulações é o fato de a pessoa se dobrar, ser flexível. Quando o capricorniano atinge o tão sonhado 'topo' ele pode achar que depois de tanto esforço ele tem o direito de controlar tudo e de aplicar suas próprias regras. Se ele se identificar muito com o poder mundano que conquistou, ele começa a ter problemas. A ambição é um traço saudável e impulsionador na sua personalidade, mas levada ao extremo ela pode ser cruel e esmagadora para com os outros.Capricórnio é o signo de tudo o que é feito para durar. O capricorniano aceita bem os desafios terrestres, até mesmo a velhice. Aliás, ele se sente melhor quando é testado do que quando está em uma fase em que não é exigido, ou, pior, que não pode fazer nada. Na verdade, um capricorniano só atinge seu brilho e vitalidade pessoal máximos quando começa a se destacar naquilo que faz. Muitas vezes, ele fica 'perdido' na infância e na adolescência, pois essas não são a fase da competência, e sim da fantasia e da experimentação, e as principais habilidades do capricorniano ficam escondidas por detrás de uma certa timidez ou no fato de ele, mesmo 'participando de tudo', muitas vezes captar a infantilidade daquilo.Mais do que qualquer outro signo, o capricorniano vê a vida como um campo de provas, testes. Não que ele seja pessimista a respeito da vida, mas ele considera o tempo na vida como uma época de aprendizado. Como já foi dito, o capricorniano acredita que para cada graça, prêmio ou desejo a ser realizado há um preço, e se viver é uma graça, o preço dela são os desafios por que temos que passar.


Essa visão do capricorniano faz com que ele contemple a vida sob uma perspectiva mais madura. Como ele conhece os testes da vida, uma parte dele, conformada com esses testes, reage com humor. Muitos humoristas brilhantes tem esse signo natal (no Brasil, Jô Soares), pois Capricórnio é o signo que mais compreende que não se pode forçar o tempo e o ritmo das coisas. Ele tem noção da grandeza do mundo e da brevidade da vida, e é por isso que ele vê com tanta seriedade o fato de 'ter de fazer algo significativo'. Mas é essa visão que lhe dá, também, um senso de humor fino e irônico, pois Capricórnio é o signo que mais compreende os 'fatos', sem tentar fantasiá-los, e o humor é uma resposta ao conhecimento destes fatos.
 Capricórnio é um signo da Terra, portanto, um signo voltado para a realização material no mundo. Mas é também um signo cardinal, e os signos cardinais desejam FAZER algo. Não é de se espantar que a principal missão do capricorniano seja realizar alguma coisa significativa, imprimir a marca de seu trabalho no mundo. Ele sente que veio ao mundo para isso, e não apenas para 'passear' nele.
 Aliás, se não houvesse nenhum pouquinho desta mentalidade capricorniana, é possível que muita coisa não tivesse sido feita.
 Capricórnio exerce a liderança por sua experiência e pelo seu trabalho. Algumas vezes ele pode ser demasiadamente motivado por esse poder, preocupando-se em demasia em parecer bom ou superior. Mas, outras vezes, ele pode utilizá-lo construtivamente para deixar algo não só para seus filhos e família, como também para outras pessoas. E, apesar de sua postura séria e dedicação ao trabalho, todo capricorniano é muito motivado por sua família. Mas ele acredita que o melhor que possa fazer por ela não são agrados, e sim preparar essas pessoas para a vida e ensinar-lhe algumas coisas, que para ele custou muito, e que, para seus filhos, podem significar um abreviamento de esforço, embora sempre algo que depende da pessoa.

Esta é a essência de Capricórnio: a fé e a determinação para chegar ao topo, e também o valor de seu trabalho.


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